Wednesday, April 11, 2007

O significado de "Mão invisível"

Adam Smith


O termo “Mão invisível” é um princípio proclamado por Adam Smith, que sustenta que, na prossecução egoísta exclusiva do seu benefício pessoal, todos os indivíduos são levados, como que por uma mão invisível, a atingir o melhor benefício comum. Smith sustentou que este era o melhor de todos os mundos possíveis e que a interferência governamental, na livre concorrência, seria certamente prejudicial. Numa das mais famosas passagens de toda a ciência económica, Smith expôs a harmonia entre o interesse privado e o interesse público:
“Cada indivíduo esforça-se para aplicar o seu capital de modo a que a sua produção tenha o valor máximo. Geralmente não tem intenção de promover o interesse público nem sabe sequer em que medida o está a fomentar. Pretende unicamente a sua segurança, apenas o seu próprio ganho. E assim prossegue, como que levado por uma mão invisível, na consecução de um objectivo que não fazia parte das suas intenções. Na prossecução so seu próprio interesse, promove frequentemente o interesse da sociedade de uma forma mais efectiva do que quando realmente o pretende fazer”.
A sua perspectiva acerca do funcionamento do mecanismo do mercado tem inspirado os economistas modernos – tanto os admiradores como os críticos do capitalismo. Os teóricos da economia provaram que, sob certas condicionantes restritivas, uma economia perfeitamente concorrencial é eficiente (explico que uma economia está a produzir eficientemente quando não pode aumentar o bem-estar económico de alguém sem piorar o de outrem).
Após dois séculos de experiência e investigação, porém, reconhecemos o alcance e as limitações efectivas desta doutrina. Sabemos que há “falhas de mercado”, e que os mercados nem sempre conduzem ao resultado mais eficiente. Um conjunto de falhas de mercado relaciona-se com os monopólios e outras formas de concorrência imperfeita. Uma segunda falha da mão invisível ocorre quando há spillovers ou externalidades ao mercado – externalidades positivas, como as descobertas científicas, e externalidades negativas, como a poluição. Uma última reserva surge-nos quando a repartição do rendimento é política ou eticamente incorrecta. Quando ocorre qualquer um destes elementos, a doutrina da mão invisível de Adam Smith deixa de aplicar-se, e o governo será tentado a corrigir a falha.
Em suma, Adam Smith descobriu uma propriedade notável de uma economia de mercado concorrencial. Em concorrência perfeita e não existindo falhas de mercado, os mercados irão extrair, dos recursos disponíveis, tantos bens e serviços úteis quantos os que forem possíveis. Mas quando os monopólios, a poluição ou idênticas falhas de mercado se tornam preponderantes, podem ser destruídas as notáveis propriedades de eficiência da mão invisível.

Com esta explicação quis revelar o significado do termo “Mão invisível”, escolhido por mim, como imagem de marca. Com efeito, é uma propriedade importantíssima descoberta na história da Ciência Económica e que se reflectirmos, podemos apreendê-la facilmente. Este principio reporta-nos e interage com um aprendido na disciplina de Economia: o princípio do equilíbrio. De facto, este último enuncia que as decisões dos vários agentes combinam-se da melhor maneira possível (interacção das decisões individuais feitas racionalmente).

Sunday, April 8, 2007

Quando o ambiente é uma boa oportunidade de negócio…

Eu interesso-me bastante por este campo do saber, a Economia, sobre o qual versa a minha área de projecto; mais recentemente, sobre a influência de amigos e da comunicação social comecei a pesquisar e a interessar-me pelas questões ambientais, as quais começaram a inquietar-me. Por isso, resolvi aliar estas duas ambições e chamar a atenção das pessoas.
Será que a economia e o ambiente são dois conceitos antagónicos, ou seja, que um país ou uma empresa para conseguirem lucros, crescimento económico e terem viabilidade, não podem preocupar-se com as questões ecológicas? Na minha opinião, existem muitos preconceitos, os quais vou tentar desmistificar, para, em conjunto, encontrarmos a verdade, e por que não tornarmo-nos amigos do ambiente “ricos”!
Todos devem ter reparado que o Outono que passou mais parecia uma Primavera a caminho do Verão. Mesmo eu, em casa, notei a grande diferença. Se bem que a nossa opinião seja muitíssimo importante, é sempre bom vermos que é confirmada pelos registos oficiais – este Outono foi considerado, num relatório que li na conceituada revista Nature, o mais quente (2º acima da média) desde que Cristóvão Colombo resolveu atravessar o Atlântico. E isto foi no fim do longínquo século XV!
Este fenómeno evidenciou diferentes posturas – uns ficaram deliciados e outros desesperados. Façamos a revisão de algumas mudanças para ficarmos com uma ideia do que pode acontecer se isto se tornar uma regra em vez de uma excepção, o que pode acontecer se não revertermos a tendência para o aquecimento global.
Na Escandinávia, os donos das estâncias de esqui e patinagem no gelo choram por mais frio, já que gastam fortunas a fabricar o suficiente para conseguir atrair apenas os mais fanáticos. Mesmo ao lado, os incrédulos proprietários de campo de golfe vêem os greens mais apetecíveis do que nunca e continuam abertos e cheios de pessoal de taco na mão. Os vendedores de camisolas e casacões arrancam cabelos perante o cenário em que ninguém acha necessário renovar o guarda-roupa, já que uma camisolinha aqui e ali é suficiente. Em contraste, os construtores dos países do Norte estão deliciados com o tempo, já que têm mantido um nível de obras nunca antes visto (geralmente impossível de conseguir devido ao gelo e à neve abundantes).
Em Moscovo, a relva está verde e as margaridas e violetas do jardim do Kremlin têm mostrado a cara ao sol que insiste em aparecer com regularidade, permitindo que os turistas visitem a cidade sem congelarem a ponta do nariz. Enquanto isso, os ursos do jardim zoológico e da Sibéria andam mal dispostos e confusos porque já deveriam estar a hibernar e estão a ver o período de sono a reduzir-se dramaticamente. “Os mais optimistas” já prevêem as extensas estepes da Sibéria como o celeiro da Rússia (como o Alentejo foi visto pelo Salazar).
Os plantadores de flores adoram este tempo quente que quase faz parecer inúteis as estufas que tanto jeito costumavam fazer nesta época. Mais desconfiados estão os restantes agricultores que já sabem que o tempo quente atrai uma floração precoce e o começo do crescimento dos frutos, mas que se pode perder completamente a produção se a seguir vier um tempo de frio, gelo e geada.
Nas grandes cidades, em que estes problemas de floração e geada passam bastante ao lado, durante a época natalícia, os retalhistas ficaram preocupados com a falta de “espírito natalício”. A tradição diz que temos de andar enregelados, molhados e agasalhados para conseguir sentir este espírito (ou seja, na vida dos lojistas, a vontade de comprar presentes). Realmente, as compras parece que se reduziram nos países onde a neve já deveria cobrir as ruas. Ou será que as pessoas entravam nos centros comerciais apenas para aquecer e, já que lá estavam, levavam aquele candeeiro de pé para a tia Miquelina? Em países como o nosso, o problema não é falta de neve, mas provavelmente a falta de dinheiro…mas isso é outra história.
Esta descrição toda serve para se reflectir sobre a mudança abrupta do clima e as mutações irão causar efeitos irremediáveis e nefastos para a vida na Terra. O frio faz falta e esta repentina e rápida alteração das características das várias estações ainda vai dar que falar.
Ademais, o grande problema é que meses de anormal pouco frio, são interrompidos por súbitos e inesperados dias de muito, muito frio, prejudicando a agricultura, desorientando os seres vivos, e agudizando ainda mais a situação das actividades económicas.
Por outro lado, os gases poluentes e as mudanças bruscas de temperatura deterioram a saúde do ser humano, aumentando ainda mais as despesas do Estado e dos cidadãos com a saúde.
Quem não gosta de ver uma serra cheia de árvores, o chilrear dos pássaros? É tão triste quando se ouvem notícias, como a oficialização da extinção do golfinho-rosado (bajif), a progressiva extinção do pulmão do mundo, a Amazónia, entre milhares de exemplos. Não estaremos a brincar com o nosso o futuro?!
Felizmente, actualmente, começa a haver uma tendência gradual para uma consciência ambiental. Com efeito, poucos poderiam prever, no início do ano de 2006, que um documentário sobre as alterações climáticas se pudesse transformar num verdadeiro campeão de bilheteiras. “Uma verdade inconveniente”, a versão cinematográfica da palestra que o antigo vice-presidente norte-americano Al Gore tem vindo a fazer um pouco por todo o mundo, a Portugal inclusive, e que apresenta dados científicos sobre o escalar da crise climática, rapidamente conquistou a terceira posição entre os documentários mais vistos de sempre, popularidade que traduz o aumento das preocupações referentes ao aquecimento global.
Se, por um lado, alguns consideraram os avisos de Gore algo exagerados, por outro, os novos dados científicos divulgados durante 2006 vieram dar que pensar. Durante o ano que passou, a comunidade científica anunciou que o degelo no Árctico está a ocorrer mais rapidamente do que o previsto, pelo que inúmeros cientistas começam a especular acerca dos “pontos de viragem” que, no sistema climático, são responsáveis por pequenas variações de temperatura e que têm um impacto no clima global bem maior que o esperado. O pior é que o degelo do Árctico origina o aumento do nível do mar, o que, em última instância, poderá levar à submersão de cidades inteiras pela água.
Na opinião de James Hansen, director da Nasa, “não é demasiado tarde para salvar o Árctico, todavia, é necessário começar a reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) ainda esta década”.
Mas onde Al Gore e a comunidade científica terminam, surge um “modesto” economista britânico para dar seguimento ao tema, Sir Nicholas Stern, chefe do serviço económico do governo britânico e antigo economista chefe do Banco Mundial, foi encarregue pelo governo do Reino Unido, de elaborar um relatório sobre os aspectos económicos das alterações climáticas, com o intuito de avaliar os potenciais riscos e as vantagens que pudessem advir deste fenómeno. As suas conclusões foram surpreendentes (mas não para mim). Segundo este, a factura da redução das emissões equivaleria a 1% do PIB mundial, sendo que o preço a pagar por nada fazer estaria situado entre 5% e 20%!
No entanto, e se bem que os vários aspectos desta análise tenham sido discutidos e postos em causa por outros economistas, a veracidade do seu argumento – o facto de uma tomada de acção a propósito das alterações climáticas não implicar, obrigatoriamente, custos económicos insuportáveis –, foi amplamente aceite. Na opinião de David Miliband, ministro britânico do ambiente, “com o argumento científico consolidado, o relatório Stern pôs em causa o argumento económico contra a adopção de medidas”. Apela-se, então, a uma eventual acção colectiva, uma vez que nenhum país quer ser o primeiro a reduzir as suas emissões, com o receio de enfrentar uma desvantagem competitiva caso os restantes governos não adoptem a mesma postura.

Empresas a lucrar….

Portanto, está pois explicado o título da minha dissertação sobre o apelo a uma consciência ambiental, relacionando o ambiente com as potencialidades económicas. Com efeito, algumas empresas viram grandes vantagens competitivas em seguir prontamente as medidas amigas do ambiente. Em 2005, Jeff Immelt, presidente executivo da General Electric (GE), decidiu que seria uma boa política vender produtos amigos do ambiente. Em Maio de 2006, a GE anunciou que as receitas provenientes de produtos e serviços no quadro da sua iniciativa “Ecomagination” tinham crescido de 6,2 mil milhões de dólares, em 2004, para 10,1mil milhões de dólares em 2005. Além do mais, e ainda no mesmo âmbito, o valor dos pedidos de encomendas futuras – grande parte será satisfeita num prazo de 3 a 5 anos –, aumentou para 17 mil milhões de dólares.
Outro exemplo poderá ser dado: em 2006, Lee Scott, presidente executivo da Wal-Mart, traçou objectivos ambientalistas para a empresa prometendo reduzir as suas emissões de CO2, à semelhança do que fez James Murdock, da British Sky Broadcasting (BSkyB). Mais, no início de 2007, a Marks &Spencer, o maior retalhista britânico, anunciou que em 2012 seria “neutro em carbono”, prevendo gastar cerca de 397 milhões de dólares para aperfeiçoar o seu desempenho ambiental. Contudo, o mundo dos negócios pode esperar mais iniciativas deste género para 2007.
Num âmbito diferente, a agricultura biológica começa a ser uma actividade florescente, proporcionando negócios muito rentáveis, em detrimento de uma agricultura que usa produtos químicos que prejudica a saúde dos consumidores e dos seres vivos, a qualidade da água e do ar.

Uma nova regulamentação…

Por outro lado, durante este ano e o próximo, as empresas também poderão ver as suas emissões de CO2 alvo de uma regulamentação mais rigorosa. Na União Europeia, as empresas esperam que os resultados das deliberações sobre as emissões de (CO2) entrem em vigor em 2008, durante a segunda fase de aplicação do mecanismo de comércio de emissões (2008-2012). A UE também prometeu que as restrições referentes às emissões de gases com efeito de estufa serão bastante mais severas do que as estabelecidas durante a primeira fase (2005-2007). Com ela, exige-se uma nova atitude ambiental, uma nova ponderação dos interesses divergentes: os interesses gerais de protecção do ambiente e os interesses particulares dos agentes económicos e das administrações públicas.
Também as empresas que operam nos Estados Unidos estão de olhos postos no governo norte-americano. Com os Democratas a liderar as duas Casas do Congresso, os pedidos de regulamentação das emissões de gases com efeito de estufa começam a crescer. Alguns políticos Democratas e Republicanos de destaque comprometeram-se mesmo a avançar com a criação de uma nova legislação que limite as emissões. Além disso, George W. Bush, num seu discurso em 2007, disse que uma política a implementar nos EUA era de redução da dependência energética de petróleo e a sua substituição como fonte de energia. É de salutar esta medida, todavia, é pena ser por causa de motivos político-económicos e não ambientais…
Durante os dias 24 a 27 de Janeiro de 2007, o debate sobre o futuro do Planeta passou por Davos e Porto Alegre, duas realizações da Sociedade Civil, que traduzem o crescente esbatimento da importância dos governos nacionais na busca de soluções para o futuro da Humanidade. Para quem possa pensar que estes “fora” são meros locais onde as pessoas importantes se reúnem, sem que isso tenha impacto na condução do mundo, basta observar como o Primeiro Ministro de um País que bem conhecemos, Portugal, escolheu, para o seu debate mensal (Janeiro de 2007) no Parlamento, precisamente o mesmo tema escolhido pelo World Economic Forum, que decorreu em Davos: as alterações climáticas. Com efeito, os 3000 participantes no Fórum Económico Mundial são reconhecidos, pela sua notoriedade, como líderes económicos e políticos dos seus países e do Mundo. Tendo como pano de fundo a doutrina do máximo bem-estar mundial que se consegue através da liberdade das trocas internacionais, que, por seu turno, levará o desenvolvimento económico a todas as regiões do mundo, o debate centra-se, ano após ano, na promoção da globalização da economia e no perscrutar das consequências que daí advenham. Na verdade, o bem-estar e o nível de vida da população de um país não são, exclusivamente, analisados por critérios económico-sociais, mas também ambientais. Por exemplo, uma pessoa pode ser muito rica, mas se não pode sair à rua sem uma máscara para respirar por causa do ar poluído, não se pode dizer que tenha um excelente bem-estar e qualidade de vida.
O facto de este ano o tema central de discussão ser a questão das mudanças climáticas demonstra que em Davos se está a ser mais “humano” ao compreender que, no estádio tecnológico actual, há um claro conflito de interesses entre a globalização e vida na Terra. Para esta sensibilidade mais humana muito contribuiu, a partir de 2000, o crescimento da oposição organizada às teses, ultraliberais que Davos parecia defender, teses essas onde as componentes sociais e ambientais não eram, pelo menos explicitamente, tomadas em consideração (a criação do Fórum Social de Porto Alegre teve esse propósito de oposição). Acredito que da interacção entre ambos os “fora” resultará um mundo sustentável. E Davos vai no bom caminho.
O Fórum de Davos, que é vulgarmente identificado como ultraliberal, penetra, assim, naquilo que é o desafio central posto à Humanidade: a preservação da vida no Planeta. Se tivermos em linha de conta que em Davos se encontram os líderes que conduzem a globalização, é lícito esperar que, face ao tema escolhido, tais líderes transformem a ideologia do crescimento contínuo na ideologia, bem mais inteligente do crescimento possível e sustentável. Uma tal mudança terá que colocar o acento tónico na aceleração da inovação tecnológica que permita um crescimento sem esgotamento dos recursos naturais que suportam a vida e que aposte na utilização de energias renováveis (sol, ar, água).
Em Portugal, país riquíssimo em fontes de recursos renováveis (não poluentes), num ritmo muito lento está a implementar medidas que visam o aproveitamento de recursos naturais para produção de energia com o intuito de diminuir a dependência energética externa e equilibrar, um pouco, a balança comercial portuguesa (grande parte dos recursos energéticos são importados). Com efeito, deve-se apostar na construção de painéis fotovoltaicos, no uso da energia de biomassa, eólica, hidráulica, da força das marés, etc. Deve-se apostar na reciclagem e na investigação.
Infelizmente, um lado negro do ambiente como negócio está a emergir, ou seja, os países, nomeadamente, o nosso, como não conseguem cumprir os níveis estabelecidos de poluição que se comprometeram, compram direitos de poluir, gastando milhões e milhões de euros dos contribuintes! Isto é muito triste… Para além de depauperarem o meio ambiente, também o fazem com os bolsos de cada um! É verdade que isto também acontece devido aos elefantes brancos que impedem a reconversão das actividades económicas a práticas mais sensíveis ao ambiente.
Certa é a mudança de paradigma e com ele um novo conceito de risco para o operador económico.

O que podemos fazer?

Então será que cada um de nós, simples cidadãos não podemos fazer nada perante esta contínua putrefacção do nosso planeta? Claro está que podemos: o oceano é um conjunto de gotas, quero eu dizer, que se cada pessoa implementar no seu dia-a-dia medidas ecológicas, o conjunto de cada acção individual contribuirá para salvar o planeta da “morte”. Não podemos pensar que será daqui a muitos anos ou que o alarmismo é exagerado, pois, “mais vale prevenir do que remediar”, lá dizia o ditado popular.
Então que se pode fazer? A mensagem é simples e económica: “Reduzir, Reutilizar e Reciclar" (política dos três R’s).
A reciclagem é muito importante porque reduz o consumo de matérias-primas e energia durante a actividade produtiva, economizando recursos naturais e financeiros. A reciclagem do papel permite reduzir o abate de árvores e poupar outras matérias-primas importantes, como a água. A reciclagem de alumínio permite fabricar, entre outros objectos, radiadores, trotinetes, motores de viaturas, e sobretudo caixilharia. A reciclagem de vidro permite poupar recursos naturais (essencialmente areia), reduz a poluição atmosférica e a deposição em aterro.
Desta feita, o caro internauta percebe que é de máxima importância separar e colocar: jornais, revistas, embalagens de papel no ecoponto azul (papelão); embalagens de metal – latas de bebidas, enlatados –, tabuleiros de alumínio, garrafas, frascos, sacos de plástico no ecoponto amarelo (embalão); garrafas, frascos, boiões e garrafões de vidro no ecoponto verde (vidrão); as pilhas devem ir, obrigatoriamente, para o pilhão. Infelizmente muitas pessoas não separam por preguiça ou colocam objectos impróprios nos ecopontos ou por maldade ou por desconhecimento; por outro lado, muitas das embalagens supostamente recicláveis só o são no estrangeiro, e não em Portugal, visto que ainda os nossos governos não investiram suficientemente na reciclagem, apesar de saberem dos benefícios cabais desta prática! Preferem gastar o dinheiro com a compra de direitos para poluir do que em infra-estruturas e meios para reciclar! Todavia, não nos podemos desanimar e devemos dar o exemplo ao Estado, reciclando!
Para além da reciclagem o leitor também pode adoptar outras acções amigas do ambiente:
· Compra de equipamentos com baixo consumo energético;
· Ir para o local de trabalho de transportes públicos;
· Criação de hábitos pessoais que evitem desperdícios – abrir o frigorífico apenas as vezes necessárias, desligar da corrente os aparelhos como a televisão, aparelhagem, etc., uma vez que estes mesmo em repouso asseguram gastos mínimos quando não estão ligados à corrente, fechar a torneira quando não se está a utilizar a água, por exemplo, a escovar os dentes;
· Reutilizar a água, energia, materiais para vários fins.
· Usar lâmpadas económicas.

Na certeza de que “o que fazemos à Natureza, fazemos a nós próprios”, não podemos encarar o ambiente como uma moda! Trata-se de algo que diz respeito a todos, que tem relevância política própria capaz de interferir na vida dos cidadãos como a política da Educação, Justiça, Saúde…
Os Estados e os seus cidadãos têm assumir o seu papel na preservação do bem-estar ambiental do nosso Planeta! Portugal não pode ser excepção!

A sociedade de consumo e os limites de crescimento

Este texto foi redigido por mim e a ideia da sua realização foi dada por um amigo meu, quando ele me chamou a atenção para os problemas do consumismo. São algumas ideias que vos apresento, pois acho que é um tema interessante dentro da Economia. Na escola dão-nos noções que nos orientam, mas devemos fundamentar as nossas próprias opiniões.

A partir dos anos 50 o “americam way of life”, que constituiu um modelo para a Europa, vai institucionalizar uma sociedade de consumo/abundância, símbolo da modernidade. Este conceito baseia-se na doutrina do crescimento económico contínuo em que é produzir, sempre cada vez mais, novos produtos, uma vez que o desenvolvimento económico e o nível de consumo não permitem parar (incluindo o consumo de produtos desnecessários).
Na verdade, muitas críticas são apontadas ao crescimento económico e ao consumismo dos países desenvolvidos.
O culto pelo máximo lucro e pelo desejo de possuir, vinculados pela sociedade de consumo, criam desigualdades entre países, ou regiões do mesmo país, entre grupos sociais, entre sectores de actividade…
Os diferentes ritmos de desenvolvimento e de aumento da produtividade nos vários sectores económicos criaram uma remodelação constante da estrutura de emprego. Actualmente, o mercado de trabalho é muito exigente, competitivo e caprichoso exigindo-se ao trabalhador o máximo desempenho e produtividade. Deste modo, os inválidos são postos de lado, os de maior idade que não têm, por isso, qualificação para o trabalho com as máquinas (essenciais para o mundo actual) são despedidos, levando ao aparecimento do desemprego tecnológico e estrutural. Surgem, assim, disparidades: entre os mendicantes, os desempregados, simples trabalhadores; e os grandes donos do capital, que o conseguem à custa da exploração do outro. Infelizmente, utilizam essa riqueza em bens “bem” supérfluos, como alugar um restaurante inteiro e nem ir, as festas onde se desperdiçam enormes quantidades de comida, as roupas e carros absurdamente caros. Desde que o consumo garanta qualidade de vida ao indivíduo, compreendo que exista a necessidade de comprar bens supérfluos. Todavia, o que actualmente se vê é um grande desperdício de dinheiro, quando milhões de pessoas morrem à fome. Tudo isto com um único objectivo: superiorizar-se em relação aos outros; mas que tem um efeito contrário (pelo menos para mim), pois só mostra o quanto é mesquinho e inferior este tipo de pessoas.
O trabalhador tornou-se um autómato, o stress e as depressões são uma constante na sociedade desenvolvida actual. Parece que o mundo laboral é uma “selva”, um “salve-se quem puder”…
A unidade da família é destruída, quer pela falta de tempo dos pais que são “obrigados” a trabalhar ininterruptamente, quer pelas novas exigências dos filhos e os valores de consumo que lhe são impostos. Já não existe diálogo.
Por outro lado, o crescimento desmesurado e a ambição dos países desenvolvidos levam ao esgotamento dos recursos do planeta (de que a progressiva destruição da Amazónia é o melhor exemplo), à poluição e à exploração dos países subdesenvolvidos. Criam-se antagonismos entre as nações: os países desenvolvidos que pautam pela abundância e pelo desmesurado consumo, num lado; e os países subdesenvolvidos cuja população vive na miséria e fome, no lado diametralmente oposto. Contudo, estas desigualdades irão sempre acontecer uma vez que é favorável às intenções capitalistas das grandes potências, ou dentro do país, da minoria rica.
Sente-se, pois, o que é aventado de “crise de valores” desta sociedade de consumo. A meu ver não existe uma crise, visto que os valores existiram, existem e existirão para sempre, mas sim existe uma mudança na hierarquia de valores. E essa mudança será boa?
As crianças e adultos, influenciados pela publicidade, dão demasiada importância à imagem e ao materialismo. Os fenómenos de exclusão social e de bulling acontecem, muitas vezes, por essas razões. Na realidade, as pessoas, actualmente, valem pelo que parecem ser (bonitas, magras…) e pelo que têm (carro de luxo, telemóvel topo de gama, viagens ao estrangeiro, roupas de marca, etc.) e não pelo que são. Este espírito está tão enraizado na sociedade que nem nos apercebemos. A publicidade, considerada uma manipulação e retórica sofística, cria situações paradoxais e novas necessidades: por um lado, incentiva-se o consumo intensivo de comida, através da publicidade “libidinosa” e da criação de grande variedade de produtos apelativos, originando uma população obesa emergente (símbolo da sociedade de consumo); por outro, o ideal de beleza é a magreza, surgindo fenómenos de anorexia nervosa e bulimia e o crescimento do número de cirurgias estéticas (supérfluas).
Pela ganância de dinheiro, não é só o trabalhador que é prejudicado, também o é o consumidor. Muitas vezes, os consumidores são enganados pela empresa e a qualidade dos bens e serviços não é a melhor. Daí que existem diversas entidades promotoras da defesa dos consumidores algumas sedeadas em Portugal de que a DECO é o exemplo mais conhecido, e outras na UE.






No incentivo ao consumo desempenha um papel destacado, hoje em dia, o sistema bancário, através do crédito ao consumo. No passado, o crédito era concedido à actividade produtiva das empresas. Recentemente, este assumiu muita importância ao nível dos consumidores. Primeiramente, dirigiu-se a financiar a compra da casa, depois os bens de consumo duradouros, como o carro e os electrodomésticos e, mais recentemente, as férias e as viagens, chegando-se mesmo a pagar roupas a prestações! O consumismo tem criado o ambiente favorável à política de aliciamento ao crédito, promovido pelas instituições bancárias nos anos 90, e que levou ao endividamento das famílias portuguesas a partir desta década. Actualmente, este é um dos males de Portugal – elevado nível de endividamento, muito acima das capacidades financeiras dos portugueses –, o que demonstram que a nossa população vive muito acima das possibilidades, inebriada por este clima de consumismo. Num outro ângulo, seguindo esta linha de pensamento, surge uma doença ligada ao consumismo: “shopacholic”, ou seja, as pessoas têm desejo de comprar inadvertidamente e sem necessidade, pois é para elas a forma de descarregarem as suas frustrações. Esta doença é um vício como outro qualquer (álcool, tabaco, drogas…) que deve ser assumido e tratado. Com efeito, a sua progressão pode levar ao desemprego, à mendicidade, à exclusão social, passando o doente por uma enorme vergonha, o que pode redundar numa grande depressão, caindo a pessoa num poço sem fundo,
A grande intensidade da vida da sociedade de consumo caracteriza-se pela falta de tempo, não se olhando para os pormenores que dão gosto à vida: um passeio calmo no campo, a prática de desporto (não com o objectivo de se ser magro, mas por gosto de se ser saudável), a beleza de uma mimosa a florir e a inalação do seu delicioso aroma, a leitura de um livro… Para melhor explicar esta ideia pensemos na figura de Miguel Torga, escritor com forte ligação à Natureza, e que através das suas experiências com esta demonstra um elevado humanismo, espírito de bem-estar e paz, propõe um modo de vida calmo, natural. De forma indirecta procede-se a uma crítica do homem através dos elementos da natureza.
A nível da cultura, começa-se a falar numa cultura de massa com o surgimento dos media, que se por um lado permite um maior acesso à cultura, por outro padroniza uma sociedade ou uma cultura “light”. Na verdade, a Cultura transmitida é bastante tendenciosa, pelo que, na actualidade, sobre a égide do lucro, muitas das várias áreas culturais e artísticas (de verdadeira qualidade) não são apoiadas, só se incentivando os filmes comerciais, os programas de qualidade duvidosa e os livros polémicos (os geradores de lucro, não havendo uma preocupação com a qualidade). Além do mais, a “boa” cultura, isto é, a que ajuda para a formação do indivíduo continua a ser só, infelizmente, para uma elite intelectual, visto que os preços não são convidativos ou não há suficiente divulgação. Até nas escolas se sente uma educação de massa, ou seja, espera-se que o aluno saiba os conteúdos programáticos, mas não se incentiva o aluno a aprofundar conhecimentos, a ir mais além, a ser autónomo, a ter iniciativa, a ter gosto pela leitura, não se incute o interesse pelas artes plásticas e audiovisuais e pela filosofia, condições essenciais para a formação de um competente cidadão. Espera-se, portanto, um cidadão sem livre-arbítrio e tecnocrata.
De facto, o desejo pelo lucro levou ao desenvolvimento tecnológico e à grande confiança na máquina. Daí que os ensinamentos da filosofia e ética são dispensáveis pois não fornecem contrapartidas financeiras. Mas esses tecnocratas que me desculpem, mas não há melhor sensação que sentir que posso desenvolver a minha autonomia e pensamento, que vejo o mundo com outros olhos, com mais consciência.. É por essas e por outras que se vê falta de responsabilidade cívica e de cultura nas populações.
Todas estas questões sobre o consumismo que me está inculcado (talvez não tão enraizado como noutras pessoas) assaltaram o meu pensamento, quando um colega meu me alertou para os seus grandes problemas. É verdade que sou influenciada por certas ideias, nomeadamente o conceito de beleza ou de materialismo, mas pelo menos tenho a percepção da sua existência manipuladora e tento na minha consciência dissuadir estas amarras do pensamento autómato, que impedem a verdadeira felicidade.
No entanto, existe uma coisa que odeio: o desperdício. Quando consumo, tenho como pretensão que me irá causar bem-estar ou me vai ajudar a progredir (nomeadamente quando compro dvds, cds, livros, bilhetes de cinema, internet, jornais).
Uma outra inquietação surge no meu pensamento: qual o limite entre o gosto pela moda e o consumismo? Será a moda uma futilidade ou uma arte?
A minha opinião é bastante tendenciosa já que eu olho a moda como uma arte, um meio de transmissão das aspirações, gostos, pensamentos do sujeito. Contudo, não é a moda ditada pelas passerelles, mas sim a moda que cada um faz; nós somos estilistas pessoais. Mas, mais uma vez, a sociedade de massa é estandardizada, surgindo o conceito desvirtuado de moda, perpassando a ideia de falta de vontade própria, de autonomia (compreende agora a importância da filosofia). Eu acho que a pessoa deve escolher esta ou aquela peça não porque é moda, ou porque certa pessoa conhecida a usa, mas sim porque gosta e lhe fica bem.
Num outro âmbito eu gostaria de esclarecer uma ideia: será que gostar de oferecer e receber é um tipo de consumismo? Eu penso que não. Na minha opinião, os presentes demonstram que as pessoas querem agradar-lhe, que conhecem os seus gostos ou que querem que se progrida, ou seja, ao dar-lhe um presente querem ver o presenteado feliz. O grande problema é que esta prática é desvirtuada. Não é só pelos presentes que se sabe quem ou quem não gosta de nós, muito pelo contrário. Não podemos cair no erro de usar como critério que demarca o carácter da pessoa o facto de esta ou aquela pessoa nos dar um presente, medir o amor de um indivíduo, pelo preço ou qualidade da oferta Assim, podemos cair no erro de nos tornarmos consumistas, superficiais e materialistas. Por exemplo: os pais para recompensar os filhos pela sua ausência e falta de tempo, oferecem enormes quantidades de presentes (muitas vezes comprados pela secretária ou que nem se enquadram nos gostos deles); por interesses perniciosos também se oferecem presentes. Estes e outros casos são os motivadores da perda do lindo e importante significado que os momentos de receber/dar presentes (festas de aniversários, os Natais, entre outros exemplos) possuem.
É na consciência destas e de outras consequências nefastas advindas do consumismo que surgem acções de grupos, instituições e pessoas que procuram fazer valer os direitos legítimos do consumidor, melhorar a qualidade de vida e renovar o sistema de valores sociais relativos ao consumo – o consumerismo.
O consumerismo emergiu a partir da consolidação da sociedade de consumo, nos finais dos anos 50, designadamente nos EUA, no Canadá, na Europa do Norte, na Austrália e no Japão. Ganhou projecção internacional em 1985, quando a ONU estabeleceu os princípios orientadores da protecção do consumidor.
Na sequência do consumerismo, nasceu nos anos 80 um novo consumidor, que se caracteriza pela preocupação em cultivar padrões de consumo ecológicos. O consumerismo ecológico traduz-se em comportamentos, manifestações ou iniciativas tendentes a prevenir e a atenuar a gravidade das ameaças ambientais e a promover o desenvolvimento económico sustentável.
Se por um lado, a produção de bens e serviços, crescente, diversificada e a baixo custo unitário, arrastou a que podemos designar por democratização dos consumos, por outro lado, desencadeou uma exploração desenfreada e sem controlo dos recursos naturais e tem vindo a criar desastres ecológicos de dimensão preocupante, por todo o Planeta. A consciencialização, o estudo e a resolução desta problemática está na ordem do dia e tem conduzido muitos países a reunirem-se em cimeiras e fóruns (Fórum de Davos, por exemplo), com o objectivo de definirem, em conjunto, a exploração inteligente e controlada dos recursos naturais, cientes de que a preservação da vida do Homem na Terra depende de todo o equilíbrio ecológico.
É nessa linha que começam a proliferar as indústrias verdes e os produtos ecológicos e se promove a educação ambiental. Recordemos, a propósito, algo que nos é familiar: a directiva dos 3 Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
Espero que reflictam sobre estas questões quando estiverem a consumir. Com efeito, cada um de nós é o culpado destas consequências negativas do consumismo para o ser humano e para o nosso Planeta. Promovam o consumo sustentável e saudável, pois “no meio é que está a virtude”, lá diz o ditado popular!

Bem-Vindos!

Eu criei este blog, em primeiro lugar, porque me interesso bastante pela Ciência Económica. Na verdade, o que mais me fascina nesta ciência social não se resume aos seus conteúdos teóricos, mas acima de tudo, à sua aplicabilidade prática visível. Com efeito, sem nos apercebermos, utilizamos a lógica económica em simples gestos. Por exemplo, a compra de uma camisola, pode ser analisada em vários aspectos, sobre o paradigma económico:

  • A compra da camisola pode ter sido influenciada por vários factores (determinantes do consumo) como, por exemplo, pelo preço, pela classe social, pela moda, pela publicidade, pelo rendimento disponível, etc.
  • A compra da camisola vai permitir a remuneração dos factores de produção - repartição funcional do rendimento;
  • Com esta compra, podemos verificar dois dos agentes económicos (família e empresa não financeira), e até um terceiro, se a compra tiver sido efectuado por cartão de crédito ou débito (instituição financeira). Se pensarmos que no preço da camisola está incluído o IVA, podemos encontrar mais um agente: o Estado.
  • O preço na etiqueta, em euros, mostra a integração na U.E.M., que em muito tem influenciado a nossa economia e as nossas políticas (ex: a preocupação com o défice acontece muito devido ao critério de convergência que temos de respeitar);
  • O preço da camisola é determinado pelo custo de produção, meios de distribuição, publicidade, número de vendedores/compradores, etc.
  • A compra da camisola evidencia um custo de oportunidade, ou seja, preferiu-se comprar a camisola, ao invés de um par de calças, ou optou-se por uma camisola vermelha em vez de azul, etc. Nesta escolha, ponderou-se os custos e os benefícios das diversas alternativas. A escolha feita foi a que permitiu optimizar a relação custo/beneficio, e obter a maior satisfação das necessidades.
  • Por outro lado, o acto de compra evidencia um dos princípios fundamentais da economia: racionalidade económica (o engraçado é que não nos apercebemos deste princípio em cada escolha que fazemos, uma vez que é inerente ao ser humano); de facto, cada pessoa, nas suas decisões, procura escolher o que lhes parece melhor, ou seja, criam e utilizam os bens escassos de modo a satisfazerem o melhor possível as suas necessidades com o mínimo de dispêndio de recursos. Todos os dias deparamo-nos com o problema fundamental da Economia: os recursos são escassos face às necessidades ilimitadas.

Já se aperceberam destes factos? Pois bem, ocorrem todos os dias e nem pensamos neles. Daí a importância da Economia: ajuda o Homem a melhor aproveitar os seus recursos e a compreender-se melhor.
Portanto, cada um de nós pode falar sobre a Ciência Económica, com maior ou menor rigor. No meu blog, eu irei colocar notícias, artigos, textos dentro da realidade económica, pretendendo sensibilizar os internautas e promover o intercâmbio de conhecimentos.

Para além disso, gostaria de salientar mais um aspecto que aprecio bastante no mecanismo económico: as relações de interdependência. Todos os fenómenos económicos são interdependentes, o que se exprime pela seguinte expressão anedótica: "Considere qualquer fenómeno económico - preço, rendimento, produção -, puxe por ele e os outros vêm atrás ...!". Por exemplo, o aumento do investimento provoca o aumento de produção que, por sua vez, estimula o aumento dos rendimentos, que por sua vez leva ao aumento do consumo, e assim sucessivamente.

Termino este post com uma frase do conhecido e reputado economista, o Pai da Economia Moderna, Adam Smith, extraída da Obra, “ A Riqueza das Nações” (1776), que resume toda a lógica económica já referida, sublinhando, igualmente, um outro princípio fundamental da Economia, o Equilíbrio, ou seja, as decisões dos vários agentes combinam-se da melhor maneira possível:

Não é da boa vontade do talhante, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas do cuidado que têm com o seu interesse pessoal!”.